quinta-feira, 10 de novembro de 2016

PAU QUE DÁ EM "CHICO" TAMBÉM DÁ EM "FRANCISCO"


É bem verdade que precisamos (todos) evoluir! Evoluir enquanto sociedade e enquanto democracia. As relações deveriam ser bem mais institucionais e bem menos pessoais, com o menos de "muro baixo" possível. Digo isso graças a uma celeuma criada, prefiro não supor as razões, nos próprios corredores do Palácio da Redenção (Governo do Estado) e que ocupou a mídia nas últimas semanas, fazendo referência a uma possível e falsa perseguição deflagrada pelo Governo Federal contra a Paraíba.

Os defensores da tese da perseguição alegam que estaria havendo uma suposta contenção dos recursos destinados à obra do viaduto “Governador Eduardo Campos” (Viaduto do Geisel), obra orçada em cerca de R$ 20 milhões, cuja contrapartida do Governo do Estado foi de R$ 2,2 milhões, sendo o restante procedente dos cofres da União, através de convênio com o Ministério da Cidades. O fato é que o Ministério não deve nenhum único centavo e os repasses estão de acordo com as medições enviadas à pasta das Cidades.

No entanto, essa não é a única “criação” brotada da mente fértil na vizinhança da Praça João Pessoa. A última seria de que o presidente Michel Temer estaria se negando a receber Ricardo. Outro fato é que em momento algum, até ontem, havia tido manifestação do Planalto no sentido de confirmar ou negar a recepção. Não passou de mais um boato palaciano para ser usado como pano de fundo para um Ricardo retórico e inflamado ou, como costumo dizer, o melhor adepto da tese do “faça o que digo, mas não faça o que faço”.

Digo isso porque acho no mínimo interessante, para não dizer engraçada ou, quiçá, contraditória a postura do governador Ricardo Vieira Coutinho em "exigir" ser recebido por Michel Temer. Não parece o mesmo Ricardo que há mais de um ano dá “chá de cadeira” na bancada de deputados estaduais de Campina (situacionistas e oposicionistas), que ainda no início de 2015 assinaram documento solicitando encontro para discutir a crise hídrica de Campina. Tivemos por resposta o silêncio! Da mesma forma, há mais de 02 anos, repousa sem retorno ofício enviado pelo Prefeito Romero Rodrigues juntamente com a Associação Comercial de Campina, a FIEP e outras entidades importantes que, certamente, não iriam conversar “miolo de pote”, mas solicitar ao Governo do Estado suporte para projetos de desenvolvimento para Campina e região, como, por exemplo, o Complexo Aluízio Campos.

Portanto, recorro à frase com que abri a postagem, repetida ontem pelo jornalista Wellington Farias, para dizer que, aqui na Paraíba, o “pau” que dá em Chico também deveria dar em Francisco, e que o Ricardo que exige pompa, circunstância e pressa para ser recebido deveria ser o mesmo Ricardo disposto a receber, não apenas os aliados, que o Ricardo que reivindica repasses de recursos deveria ser o mesmo Ricardo disposto a realizar os repasses independentemente da sigla partidária dos prefeitos, não fazendo contingenciamento político das verbas, ou será preciso lembrar das ambulâncias, da destinação dos carros pipa que ensejou os novos convênios diretos entre Defesa Civil Nacional e municípios afetados pela seca (sem interlocução do Estado), da "estranha" suspensão dos convênios do Pacto Social às vésperas das eleições para cidades de prefeitos adversários?

Extraído da página Facebook do dep.Bruno Cunha Lima

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