Está cada vez mais evidente a importância da água para o
consumo humano. No mundo inteiro esse recurso vital desperta o interesse de
agentes públicos e instituições diante das ameaças constantes que põem em
alerta as condições das políticas públicas que gerenciam seu fornecimento
final.
No nosso caso, aqui no Estado da Paraíba, o manancial
Epitácio Pessoa, o Açude de Boqueirão, está com 48% de sua capacidade,
constituindo-se num prenúncio de sérias medidas de racionalização pela frente.
Mas esse não é o principal problema.
Apresentei na Câmara Municipal de Campina dois
requerimentos, já aprovados (Requerimentos nº 1643 e o nº 1644); o primeiro
solicita análise periódica, por amostragem, da potabilidade da água,
principalmente na zona rural, de onde vem o alimento para nossa mesa.
De acordo com pesquisa de monitoramento do Programa de
Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), realizada anualmente no
país, nada menos que 29% dos alimentos
verificados pela ANVISA contém agrotóxicos fora do permitido por lei. O que
configura uma situação alarmante de amostras com violações.
A revelação consta em uma publicação da Embrapa Meio
Ambiente intitulada “Análise dum percentual de violações encontradas em alimentos nos programas
nacionais de monitoramento de agrotóxicos”. É preocupante essa realidade, pois,
no caso do Boqueirão, existe a comprovação de uso da água nas propriedades
agrícolas em redor, cujo pendor natural é o retorno de substâncias diversas,
componentes de agrotóxicos utilizados nesses plantios.
O outro requerimento solicita um relatório técnico minucioso
por parte da AESA e SUDEMA, apontando a real situação do Açude Boqueirão,
reiterando o pedido de diagnóstico de potabilidade da água. Água potável é
questão fundamental, é questão de saúde pública.
(Assessoria)
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