sexta-feira, 31 de maio de 2013

"MASS BURNING" - UMA SAÍDA INTELIGENTE PARA OS RESÍDUOS URBANOS


O Vereador Bruno Cunha Lima (PSDB) esteve recetemente em Brasília mantendo contatos com técnicos do Ministério de Meio Ambiente, ocasião em que apresentou o Projeto de Lei que pretende protocolar na Câmara Municipal de Campina Grande.
O Projeto é na área de gestão de resíduos sólidos.

Bruno foi posto em contato com representantes do governo federal e do setor privado responsáveis pelo aprofundamento do debate sobre a viabilidade técnica e econômica da implantação, no Brasil, de uma usina piloto de geração de energia elétrica a partir da incineração de resíduos sólidos urbanos – tecnologia conhecida como mass burning. 

As discussões foram baseadas em dados iniciais de um estudo contratado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que mostra como esse tipo de tecnologia é usado em outros países, o possível modelo de negócio nacional e o arcabouço legal necessário. 

De acordo com Bruno, um dos pontos cruciais do debate é o custo de instalação e manutenção do empreendimento, o que no caso, só seria viável se implementado em âmbito estadual. “Uma usina como essa tem capacidade para, através da incineração, converter os resíduos em vapor, por onde é gerada a energia elétrica. Além disso, ela opera com filtros destinados ao tratamento dos gases efluentes da combustão, antes que eles sejam dispersos na atmosfera", salientou. 

De acordo com o gerente de projetos da ABDI, Miguel Nery, frente aos altos custos desse tipo de recuperação energética estão os impactos ambientais dos aterros sanitários, principal forma de tratamento utilizada no Brasil e que envolve alto risco de contaminação do solo no longo prazo. “O grande destaque do projeto que estamos desenvolvendo aqui é a definição de um modelo técnico-econômico que torne viável a instalação de uma usina de mass burning no Brasil. Por meio do estudo e da colaboração de diversas instâncias envolvidas, estamos adequando esse objetivo à realidade do país e, com isso, tornando-o possível”, afirmou. 

O sistema mass burning está sendo implantado de forma crescente em países como Estados Unidos, Portugal, Inglaterra, França e, principalmente, Alemanha. “Vemos que essas nações promovem cada vez mais a incineração, ainda que também realizem outros tipos de tratamento de resíduos, como reciclagem, compostagem e aterros sanitários. A Alemanha se destaca por promover os mass burning desde 1965 – em 2009, o país já tinha cerca de 70 usinas – e por já não possuir aterros, seguindo a diretriz da Comissão Europeia de eliminar todos os aterros sanitários até 2020”, descreve Maria Helena Orth, diretora da Proema.

(Assessoria)

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